A síndrome de Marfan (SMF) é uma doença de herança autossômica
dominante do tecido conjuntivo, que envolve principalmente os sistemas
músculo-esquelético, ocular e cardiovascular. A principal causa de morte
prematura nos pacientes afetados pela síndrome é dilatação progressiva da raiz
da aorta e da aorta ascendente, causando incompetência e dissecção aórtica.1
Quanto à incidência, os valores são conflitantes, variando de 4 a 6 indivíduos
em 100.000 2 a 10 em 100.000 em dados mais atuais. A
expectativa de vida média tem aumentado significativamente desde de 1972, aproximando-se
da população geral.1,3 Isto se deve, pelo menos em parte, aos
benefícios alcançados pela cirurgia cardiovascular e pela terapia farmacológica
com betabloqueadores.
Uma grande
variedade de anormalidades músculo-esqueléticas ocorre na SMF, incluindo
dolicostenomelia, aracnodactilia, escoliose, deformidades da parede torácica,
estatura elevada, frouxidão ligamentar, mobilidade articular anormal e protusão
acetabular. Nas alterações oftalmológicas, a mais freqüente é a ectopia do cristalino,
que na maioria das vezes é bilateral. As manifestações cardiovasculares mais
comuns afetam a válvula mitral e a
aorta ascendente.
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